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Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são mortais.
Todos tão naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.
Miguel Torga, Poesia Completa
Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são mortais.
Todos tão naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.
Miguel Torga, Poesia Completa
9 comentários:
"E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida."
Simples assim.. Eu quero sempre mais!!!
Beijo
Nossa, de facto nós estamos sp a coincidir em alguma coisa.
Primeiro eu menciono Fernando Pessoa, hoje comentavam em meu blog que deveria ouvir esta música, e eis que a encontro aqui. E depois, ainda há quem diga que não existem coincidências, rs!
Amo a poesia de Miguel Torga, identifico-me de tal forma com este poema em particular que, dispensa até mais palavras. Está tudo dito. =)
Beijinhos.
Porque este texto me faz parafrasear Clarice Lispector: Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível. Eu não: quero é uma verdaqde inventada
Um beijo e um lindo final de semana.
Ótimas as escolhas literárias que você faz para publicar no blog... muito bonito aqui, moço.
Adoro poesia!
Adoro Miguel Torga!
Boa escolha!!!
Bom fim de semana
e um beijo
Eu tbem quero tudo e de tudo... mas só as coisas boas...!!
P.S: assustei vc, né?! Sorry... não tive a intenção...
Saudade dos seus coments.
Sim. Sim tenho limites.
Abraços.
Amore!!!!!
Sinto cheiro de paixão no ar..ai..ai...rsss
Marco:
Texto belíssimo
de Miguel Torga.
Intenso!
"Sou uma fome
incontida
De viver"
Que coisa mais linda...
Um abraço.*Juli*
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