(Autor desconhecido)
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Se o amanhã não vier...
(Autor desconhecido)
sábado, 5 de novembro de 2011
Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás... Seremos...
Pablo Neruda
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
sábado, 8 de agosto de 2009
Sem retrovisor
As lembranças da gente falam tantas coisas e por alguns minutos me faz chorar
Eu viajo no tempo, nos absurdos do amor
Sinto que foi uma coleção de dor
Fui amante mesmo tão distante, perto ou longe quis tentar
E no teu aconchego passar a noite, descansar
E no pensamento quis dizer não vá
Levada por um beija-flor que tanto voou
Fui cigano e desvairei a correr nas estradas da tua mão
E tudo que vi, miragem
E das marcas que ficaram, meu amor
Tô indo sem retrovisor
Buscar um novo amor
Tô indo sem retrovisor
A bela letra acima intitulada "Sem retrovisor" é composição de um talentoso músico daqui chamado Wagner Thomé, com os arranjos de Henrique Solaira.
Clique no player abaixo para ouvi-la...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
É tempo de celebrar...
Deus desce das alturas, humaniza-se, faz-se igual a nós e vem habitar o mundo, trazendo-nos esperança de dias melhores.
A alegria por esse acontecimento marcou para sempre a história da salvação.
É alegria profunda, verdadeira. Presente no aqui e agora.
Celebrando esse mistério, atualizamos em nossa vida o nascimento do Senhor.
Por isso somos convocados a irradiar alegria:
Reclame menos e tenha mais atitude ante os problemas da vida.
Ame a família. Ela pode ser como for, mas é o melhor lugar do mundo.
Não aponte defeitos, descubra e exalte as virtudes.
Tenha coragem para assumir os erros e humildade para pedir desculpas.
Seja veículo de boa notícia. Não dê créditos a fofocas.
Encante-se com a sabedoria dos idosos e aprenda com a inocência e sinceridade das crianças.
Preocupe-se em dar um bom dia ao porteiro, ao cobrador de ônibus, aos que são ignorados.
Visite os doentes. Sua presença e apoio na dor é o melhor presente.
Aprenda a lição do Natal: Deus não tem preconceito, é tolerante e ama sem impor condições.
Que o Senhor que vem nos ajude a ser voz em favor da vida, de modo que vivamos na alegria e sejamos promotores da boa nova, denunciando as trevas da violência, do medo e da opressão.
Que ELE não nos deixe perder o espírito cristão.
E, por fim...
Distribua sorrisos sinceros, abraços fraternos e beijos da paz!
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(Texto utilizado no Conselho de Classe do colégio ontre trabalho e adaptado do Culto Dominical.)
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Tem "Presente" em minha coluna! Passe por lá: www.medioparaiba.com.br/inspiracoes
sábado, 12 de julho de 2008
Metade
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
METADE
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Confiram na minha coluna Inspirações a poesia "Cabal"!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Apócrifo - Luis Fernando Verissimo
"Dar não é fazer AMOR" (texto ALTERADO)
Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, é só dar por dar.
Dar sem querer casar...
Sem querer apresentar para mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois
de amanhã. Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém para querer casar, para apresentar para mãe, para dar
o primeiro abraço de Ano Novo e para falar: "Que que ce acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises
E faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, as suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Agora, experimenta ser amada...
"Pot-pourri de assuntos" (texto ORIGINAL)
O que escrever para a próxima coluna? Listo prováveis assuntos: o mercado de trabalho, homens que cospem catarros horrorosos pelas ruas, minha bunda, sexo sem amor, a necessidade de ter alguém pra chamar de amor.
Demoro um dia inteiro para me decidir porque sou indecisa. Não me decido por nenhum porque sou possessiva e filha única: quero todos. Então vamos lá, seguindo a ordem.
Existe um boato por aí que publicitário tem a vida mansa e que todos eles são meio loucos. Isso dá uma coceirinha nos estudantes que acham esse papo muito cool e se matriculam aos montes pelas faculdades do país. Sou redatora publicitária e há dois anos e meio não tenho um salário decente apesar das mais de doze horas trabalhadas por dia. Já mudei de agência seis vezes e já mudei de assunto mais de mil quando amigos e parentes perguntam por que eu não tenho um horário fixo, um salário fixo e um lugar fixo para ir todos os dias. Aturo a crise mundial, a crise do país, a crise do mercado, a crise do mercado publicitário e a crise de meia-idade de colegas de trabalho com seus leões na mesa, suas baleias em casa e a tara por jovenzinhas deslumbradas e em aprendizado.
O boato da loucura é realidade, ninguém normal atura isso tudo. Quanto a ter a vida mansa, que vão todos para a merda antes que eu me esqueça.
Não sei de muitas coisas nesta vida, mas aprendi que entre a paixão e o ódio pela propaganda, tem sempre um catarro. Vou andando pelas ruas pensando em todos os lados bons e ruins da minha profissão: eu crio, eu não tenho um trabalho burocrático, chato, operacional, burro, exato. Eu movimento grana, eu emociono, eu faço as pessoas rirem. Plá, uma catarrada. Eu ganho mal, me deram uma porra de um PC em vez de um Mac, eu fico muito tempo sentada e minha bunda tá horrível, plá, outra catarrada.
Por que diabos esses imundos homens cospem essas melequeiras pelas ruas? Por que diabos? Por que diabos? Como eu odeio isso. ODEIO. Onde está escrito que o mundo permite essa escatologia exposta à luz do dia? Às vezes é preciso desviar para não sentir respingarem resquícios da nojeira no peito do pé. Desejo do fundo do meu coração que todos eles sufoquem entalados com suas crias gosmentas e fiquem tão verdes quanto elas.
Mas ainda mais nojento do que escutar aquela chupada suína que precede o plá da catarrada, é escutar o sugar de tesão de um escroto qualquer que você nunca viu na vida. É aquele "ssssssssss delícia", "ufffffffffffffffff gostosa".
Não se anime não, seu neanderthal urbano, que o que você está vendo é apenas o poder de uma calça jeans caríssima, que uma redatora publicitária em começo de carreira com seu salário de merda só pode ter comprado em cinco vezes sem juros. Cê não tá vendo, querido, que por trás disso é apenas a bunda de uma redatora publicitária que sofre várias crises de mercado e não tem tempo para uma academia? Tá caída, mermão! Já não é mais a mesma. Aliás, isso me lembrou a propaganda, mas este assunto já deu.
E por falar em dar... dar não é fazer amor. Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom. Na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez por anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um "eu te amo" baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha, amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
(O texto, que também já recebeu o título “Dar ou não dar”, na verdade chama-se “Pot-pourri de assuntos” e é de autoria da escritora, redatora publicitária e bailarina Tatiana Bernardi [originalmente publicado em sua coluna na revista TPM/Trip]. Realmente é espantoso e um tanto quando duvidoso que Verissimo pudesse escrever: “Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete.” Fiquem atentos amigos!)
Confira outros textos apócrifos que já postei:
sábado, 17 de maio de 2008
É preciso!
Marco Túlio Carvalho
sábado, 5 de abril de 2008
Parceria
Dalto Gabrig e Marco Túlio Carvalho
O amor me escorre por entre os dedos,
Se perde como a areia fina e quente,
Talvez seja por razão dos meus medos,
Ou egoísmo de um peito insolente.
Mas de que adianta tanto supor?
Se de atitudes revela-se o sentimento
Culpar-me por tamanha covardia?
Prefiro rever meu pensamento
E a cada dia revendo e sonhando,
Vou compondo e cantando, sofrimento,
É que na verdade continuo buscando,
A doce magia de um belo momento
Incansável será minha procura
Ao tentar me encontrar na lembrança
Nos beijos que um dia te dei
Em tudo o que me deu esperança
E nessa esperança que nos alimenta,
Sei que em nós haverá coragem,
Passaremos com fé a severa tormenta,
E seremos os dois uma só imagem.
Assim encerra-se uma bela história
Que recontada agora será
Os personagens continuam os mesmos
Mas ao final, surpresa haverá.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Adendo - Apócrifo
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Apócrifo - Arnaldo Jabor
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelocheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores
Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga,
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim! Você é
É
Amar não requer conhecimento prévio
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas,
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua
sábado, 4 de agosto de 2007
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Se você encontrar uma porta à sua frente, você pode abri-la, ou não.
Se você abrir a porta, você pode, ou não, entrar em uma nova sala.
Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.
Se você venceu, você dá um grande passo: nesta sala, vive-se.
Mas, tem um preço: São inúmeras outras portas que você descobre.
O grande segredo é saber: quando e qual a porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa: Ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno!
A humildade dá a sabedoria de aprender e crescer também com os erros alheios.
A vida é generosa: A cada sala em que se vive, descobrem-se outras tantas portas.
A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida pode ser também dura e severa: Não ultrapassando a porta, você terá sempre essa mesma porta pela frente!
É a cinzenta monotonia perante o arco-íris.
É a repetição perante a criação.
É a estagnação da vida.
Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!
"Portas", extraído do livro Amor, Felicidade & Cia. de Içami Tiba
segunda-feira, 30 de julho de 2007
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* Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
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sábado, 30 de junho de 2007
E o mundo mudou? Love is all "we" need!!!
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Apócrifo - Mario Quintana
Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja,com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"
Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
Promete se deixar conhecer?
Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Agradecimento!
(Pablo Neruda)
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Talking about love...
"O amor é um sentimento embaraçado nas raízes fundas do sentimento.
Quem ama nem tem consciência dessas raízes."
É fato que quem ama desconhece o motivo, apenas sente...
São eles...