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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Se o amanhã não vier...




Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir

Eu aconchegaria você mais apertado,

E rogaria ao Senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,

Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta,

Para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração,

Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua,

Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,

Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO

Ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,

Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar:

"Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão,

E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.

É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: "EU TE AMO",

E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:

"Posso te ajudar em alguma coisa?

"Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos,

Eu gostaria de dizer O QUANTO EU AMO VOCÊ,

E espero que nunca esqueçamos disso.

O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho,

E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da pessoa que você ama. Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida,

De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo,

Porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queria.

Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE.

Bem apertado.

Sussurre nos seus ouvidos, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer junto de você.

Gaste um tempo para dizer:

"Me desculpe"

"Por favor"

"Me perdoe"

"Obrigado"ou ainda:

"Não foi nada"

"Está tudo bem".

Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.

Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue.


(Autor desconhecido)

sábado, 5 de novembro de 2011

Talvez















Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás... Seremos...


Pablo Neruda

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um dia especial

Aperte o "play"!





Levando a vida em vagueio, não imaginaria encontrar

Um alguém que tanto me apetece

Com sentimentos que um dia quis deixar

Instantes de imensa alegria

Ao mundo eu quero clamar

Nessa e em outras vidas, sempre

O meu amor contigo vai estar



Amo-te IMENSAMENTE...

Feliz Aniversário!!!



sábado, 8 de agosto de 2009

Sem retrovisor

Pro coração descansar e a dor passar, é preciso voltar a amar
As lembranças da gente falam tantas coisas e por alguns minutos me faz chorar
Eu viajo no tempo, nos absurdos do amor
Sinto que foi uma coleção de dor

Fui amante mesmo tão distante, perto ou longe quis tentar
E no teu aconchego passar a noite, descansar
E no pensamento quis dizer não vá
Levada por um beija-flor que tanto voou

Fui cigano e desvairei a correr nas estradas da tua mão
E tudo que vi, miragem
E das marcas que ficaram, meu amor
Tô indo sem retrovisor

Buscar um novo amor
Tô indo sem retrovisor




A bela letra acima intitulada "Sem retrovisor" é composição de um talentoso músico daqui chamado Wagner Thomé, com os arranjos de Henrique Solaira.

Clique no player abaixo para ouvi-la...


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

É tempo de celebrar...

Em breve celebraremos a festa do nascimento do menino Jesus:
Deus desce das alturas, humaniza-se, faz-se igual a nós e vem habitar o mundo, trazendo-nos esperança de dias melhores.
A alegria por esse acontecimento marcou para sempre a história da salvação.
É alegria profunda, verdadeira. Presente no aqui e agora.
Celebrando esse mistério, atualizamos em nossa vida o nascimento do Senhor.
Por isso somos convocados a irradiar alegria:


Reclame menos e tenha mais atitude ante os problemas da vida.

Ame a família. Ela pode ser como for, mas é o melhor lugar do mundo.

Não aponte defeitos, descubra e exalte as virtudes.

Tenha coragem para assumir os erros e humildade para pedir desculpas.

Seja veículo de boa notícia. Não dê créditos a fofocas.

Encante-se com a sabedoria dos idosos e aprenda com a inocência e sinceridade das crianças.

Preocupe-se em dar um bom dia ao porteiro, ao cobrador de ônibus, aos que são ignorados.

Visite os doentes. Sua presença e apoio na dor é o melhor presente.

Aprenda a lição do Natal: Deus não tem preconceito, é tolerante e ama sem impor condições
.


Que o Senhor que vem nos ajude a ser voz em favor da vida, de modo que vivamos na alegria e sejamos promotores da boa nova, denunciando as trevas da violência, do medo e da opressão.
Que ELE não nos deixe perder o espírito cristão.
E, por fim...
Distribua sorrisos sinceros, abraços fraternos e beijos da paz!
.


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(Texto utilizado no Conselho de Classe do colégio ontre trabalho e adaptado do Culto Dominical.)

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Tem "Presente" em minha coluna! Passe por lá: www.medioparaiba.com.br/inspiracoes

sábado, 12 de julho de 2008

Metade

Clique no player abaixo!



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.
.
Que o medo da solidão se afaste
Que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

METADE
Oswaldo Montenegro




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Confiram na minha coluna Inspirações a poesia "Cabal"!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Apócrifo - Luis Fernando Verissimo

(Hoje publico um texto chamado “Dar não é fazer AMOR”, recebido por e-mail e que falsamente foi atribuído a Luis Fernando Verissimo. Segue abaixo primeiramente o “alterado” e logo depois o texto “original”...)

"Dar não é fazer AMOR" (texto ALTERADO)

Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, é só dar por dar.
Dar sem querer casar...
Sem querer apresentar para mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois
de amanhã. Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém para querer casar, para apresentar para mãe, para dar
o primeiro abraço de Ano Novo e para falar: "Que que ce acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises
E faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Se você for chata, suas amigas perdoam.

Se você for brava, as suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.

Agora, experimenta ser amada...



"Pot-pourri de assuntos" (texto ORIGINAL)

O que escrever para a próxima coluna? Listo prováveis assuntos: o mercado de trabalho, homens que cospem catarros horrorosos pelas ruas, minha bunda, sexo sem amor, a necessidade de ter alguém pra chamar de amor.

Demoro um dia inteiro para me decidir porque sou indecisa. Não me decido por nenhum porque sou possessiva e filha única: quero todos. Então vamos lá, seguindo a ordem.
Existe um boato por aí que publicitário tem a vida mansa e que todos eles são meio loucos. Isso dá uma coceirinha nos estudantes que acham esse papo muito cool e se matriculam aos montes pelas faculdades do país. Sou redatora publicitária e há dois anos e meio não tenho um salário decente apesar das mais de doze horas trabalhadas por dia. Já mudei de agência seis vezes e já mudei de assunto mais de mil quando amigos e parentes perguntam por que eu não tenho um horário fixo, um salário fixo e um lugar fixo para ir todos os dias. Aturo a crise mundial, a crise do país, a crise do mercado, a crise do mercado publicitário e a crise de meia-idade de colegas de trabalho com seus leões na mesa, suas baleias em casa e a tara por jovenzinhas deslumbradas e em aprendizado.

O boato da loucura é realidade, ninguém normal atura isso tudo. Quanto a ter a vida mansa, que vão todos para a merda antes que eu me esqueça.

Não sei de muitas coisas nesta vida, mas aprendi que entre a paixão e o ódio pela propaganda, tem sempre um catarro. Vou andando pelas ruas pensando em todos os lados bons e ruins da minha profissão: eu crio, eu não tenho um trabalho burocrático, chato, operacional, burro, exato. Eu movimento grana, eu emociono, eu faço as pessoas rirem. Plá, uma catarrada. Eu ganho mal, me deram uma porra de um PC em vez de um Mac, eu fico muito tempo sentada e minha bunda tá horrível, plá, outra catarrada.
Por que diabos esses imundos homens cospem essas melequeiras pelas ruas? Por que diabos? Por que diabos? Como eu odeio isso. ODEIO. Onde está escrito que o mundo permite essa escatologia exposta à luz do dia? Às vezes é preciso desviar para não sentir respingarem resquícios da nojeira no peito do pé. Desejo do fundo do meu coração que todos eles sufoquem entalados com suas crias gosmentas e fiquem tão verdes quanto elas.

Mas ainda mais nojento do que escutar aquela chupada suína que precede o plá da catarrada, é escutar o sugar de tesão de um escroto qualquer que você nunca viu na vida. É aquele "ssssssssss delícia", "ufffffffffffffffff gostosa".

Não se anime não, seu neanderthal urbano, que o que você está vendo é apenas o poder de uma calça jeans caríssima, que uma redatora publicitária em começo de carreira com seu salário de merda só pode ter comprado em cinco vezes sem juros. Cê não tá vendo, querido, que por trás disso é apenas a bunda de uma redatora publicitária que sofre várias crises de mercado e não tem tempo para uma academia? Tá caída, mermão! Já não é mais a mesma. Aliás, isso me lembrou a propaganda, mas este assunto já deu.

E por falar em dar... dar não é fazer amor. Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom. Na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez por anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um "eu te amo" baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha, amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.

(O texto, que também já recebeu o título “Dar ou não dar”, na verdade chama-se “Pot-pourri de assuntos” e é de autoria da escritora, redatora publicitária e bailarina Tatiana Bernardi [originalmente publicado em sua coluna na revista TPM/Trip]. Realmente é espantoso e um tanto quando duvidoso que Verissimo pudesse escrever: “Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete.” Fiquem atentos amigos!)


Confira outros textos apócrifos que já postei:
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Acesse minha coluna! Texto de hoje: "Escolhas".

sábado, 17 de maio de 2008

É preciso!




[...]

É preciso dar voz ao coração e calar a solidão

É preciso abraçar o irmão e perdoar a oposição

[...]

Marco Túlio Carvalho


Leia a poesia completa na minha coluna Inspirações!

sábado, 5 de abril de 2008

Parceria

Impressionante como a vida nos surpreende a cada instante... Descobri aqui mesmo ao meu lado, na minha cidade, um poeta. Aliás, um grande poeta!

Dalto Gabrig, rapaz com alma inspiradora, cujos versos brotam assim, facilmente. Fiquei surpreso e agradecido por nossos caminhos terem se cruzado...

E nas nossas conversas online "a fio", inesperadamente, surgiu a primeira parceria: "História a dois". E depois uma trova... risos

E que venham outras!
.
Valeu parceiro!





História a dois
Dalto Gabrig e Marco Túlio Carvalho

O amor me escorre por entre os dedos,
Se perde como a areia fina e quente,
Talvez seja por razão dos meus medos,
Ou egoísmo de um peito insolente.

Mas de que adianta tanto supor?
Se de atitudes revela-se o sentimento
Culpar-me por tamanha covardia?
Prefiro rever meu pensamento

E a cada dia revendo e sonhando,
Vou compondo e cantando, sofrimento,
É que na verdade continuo buscando,
A doce magia de um belo momento

Incansável será minha procura
Ao tentar me encontrar na lembrança
Nos beijos que um dia te dei
Em tudo o que me deu esperança

E nessa esperança que nos alimenta,
Sei que em nós haverá coragem,
Passaremos com fé a severa tormenta,
E seremos os dois uma só imagem.

Assim encerra-se uma bela história
Que recontada agora será
Os personagens continuam os mesmos
Mas ao final, surpresa haverá.
.
E estou também com o texto "Saudade". Não deixem de conferir!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Adendo - Apócrifo

Amigos! Não satisfeito com o resultado da minha pesquisa, saí em busca do "desconhecido autor" da crônica citada... E o que descobri? Trata-se de mais um texto da ótima Martha Medeiros. O mesmo foi totalmente modificado e creditado a Arnaldo Jabor e até mesmo a Roberto Freire. A "crônica" na verdade chama-se "As razões que o amor desconhece" escrita por Martha em 1998 e publicada no site Almas Gêmeas onde possuía (ela despediu-se do site em 2004) uma coluna semanal. Como citei certa vez aqui, ela mesma fez menção as confusões em "Clonagem de Textos".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Apócrifo - Arnaldo Jabor

(Depois de Gabriel García Márquez, Mario Quintana e Pedro Bial, a algum tempo não posto textos apócrifos por aqui... E uma crônica que recebi de uma querida amiga esta semana atribuída a Arnaldo Jabor, fez-me voltar ao tema! Embora já tenha alertado sobre os absurdos atribuídos a autores diversos, nunca é demais fazê-lo. Então, vamos a mais um deles...)

Crônica do amor louco

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes
teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à
razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por
conjunção estrelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelocheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento
que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela
petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores
que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você
gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela
detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela
tem um jeito de sorrir que o deixa mobilizado, o beijo dela é mais
viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicarcom você.
Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga,
ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca
uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não
tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não
consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete
feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve
poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim! Você é
inteligente, lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos
Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também
tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num
comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.
É
Independente, tem emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar,
de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é
imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas
uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois
apaixonados. Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de
indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas,
bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua
vida é!

(Se é um bom texto ou não, eu não discutiria. Mas que Arnaldo Jabor não escreveria isto, sem questionamentos! "Pálido de espanto" certa vez Jabor desabafou: "Sei que outros escritos fantasmas virão, mas saibam que só existo mesmo nas páginas dos jornais onde tenho coluna pelo país afora e que a internet é um deserto virtual, sem chão, onde as individualidades se dissolvem e eu viro um nome sem corpo..."
Olha! A minha busca foi incessante, porém sem sucesso e infelizmente desta vez ficarei devendo o verdadeiro autor desta "crônica". Quem sabe algum de vocês nos salve revelando o seu escritor??? Grande abraço!)
.

sábado, 4 de agosto de 2007

(...podem me chamar de romântico... eu sou! confesso!!! e quem não gosta? e quem não é? um final de semana cheio de romantismo pra vocês...)

Clique no player abaixo!



Românticos são poucos

Românticos são loucos desvairados

Que querem ser o outro

Que pensam que o outro é o paraíso.


Românticos são lindos,

Românticos são lindos e pirados

Que choram com baladas,

Que amam sem vergonha e sem juízo


São tipos populares, que vivem pelos bares

E mesmo certos vão pedir perdão

E passam a noite em claro

Conhecem o gosto raro

De amar sem medo de outra desilusão


Romântico é uma espécie em extinção.


Românticos são poucos,

Românticos são loucos,

Como eu

(Como nós)


"Românticos", Vander Lee






"Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam." (Chico Xavier)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007




Se você encontrar uma porta à sua frente, você pode abri-la, ou não.
Se você abrir a porta, você pode, ou não, entrar em uma nova sala.
Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.
Se você venceu, você dá um grande passo: nesta sala, vive-se.
Mas, tem um preço: São inúmeras outras portas que você descobre.
O grande segredo é saber: quando e qual a porta deve ser aberta.


A vida não é rigorosa: Ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno!


A vida é humildade: Se a vida já comprovou o que é ruim, para que repeti-lo?
A humildade dá a sabedoria de aprender e crescer também com os erros alheios.


A vida é generosa: A cada sala em que se vive, descobrem-se outras tantas portas.
A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.


Mas a vida pode ser também dura e severa: Não ultrapassando a porta, você terá sempre essa mesma porta pela frente!
É a cinzenta monotonia perante o arco-íris.
É a repetição perante a criação.
É a estagnação da vida.


Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!


"Portas", extraído do livro Amor, Felicidade & Cia. de Içami Tiba

segunda-feira, 30 de julho de 2007





O meu olhar é nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás...




E o que vejo a cada momento
.
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,

Reparasse que nascera deveras...

.
.
.
Sinto-me nascido a cada momento

Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no Mundo como num malmequer,

Porque o vejo.

Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender...

O mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...




Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,




Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama,
.
nem o que é amar...




Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar...




Segundo poema de "O Guardador de Rebanhos" de Alberto Caeiro

* Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa
.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

"O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício." (Sthendal)







Por céus e mares eu andei

Vi um poeta e vi um rei

Na esperança de saber o que é o amor

Ninguém sabia me dizer

Eu já queria até morrer

Quando um velhinho com uma flor assim falou

.

.

O amor é o carinho

É o espinho que não se vê em cada flor

É a vida quando chega sangrando

Aberta em pétalas de amor


"O velho e a flor", Vinicius de Moraes e Toquinho

sábado, 30 de junho de 2007

E o mundo mudou? Love is all "we" need!!!

.




John Lennon disse isso na década de 70...

O que ele diria hoje???

Deixo-lhes a pensar neste final de semana!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Apócrifo - Mario Quintana

[...continuando o tema "apócrifos" (o primeiro foi sobre Gabriel García Márquez), hoje trago-lhes uma crônica atribuída a Mario Quintana... muito bem se sabe, que sua especialidade era poemas: "Não possuo o dom discursivo e expositivo, vindo daí a dificuldade que sempre tive de escrever em prosa. A prosa não tem margens, nunca se sabe quando, como e onde parar. O poema, não; descreve uma parábola traçada pelo próprio impulso (ritmo)."... palavras do próprio Mario Quintana...]


"Promessas Matrimoniais"


Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja,com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:


"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"


Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
Promete se deixar conhecer?
Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros.



Deixando de lado a questão do "estilo", outro fato que definitivamente comprova que o texto não pode ser de Quintana é a data em que foi criado. Começa referindo-se a algo que foi escrito pelo(a) autor(a) em 1998, ou seja: tem de ser posterior a 1998. Mario Quintana, no entanto, morreu em 1994, não poderia, portanto, tê-lo escrito. A crônica, na verdade é de autoria da Martha Medeiros. Ela mesma já fez menção a essas confusões mais de uma vez, em "Clonagem de Textos" e "Crônica Sobre a Desinformação". Uma curiosidade: assim como Mario Quintana, Martha Medeiros também é gaúcha, de Porto Alegre, onde Quintana viveu por quase toda a sua vida!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Agradecimento!





"O amor se move: só por ele eu falo." (Dante)



E o amor que aqui exala se espalhou em cada canto, levado pelo vento...



Hoje eu vim agradecer o carinho de vocês que me indicaram como Destaque Cupido Fonte do Amor! Obrigado a todos!!!
.
.
Se exalo amor é porque amor também respiro de vocês...










"... e desde então sou porque tu és, e desde então és, sou e somos, e por amor serei, serás, seremos..."
(Pablo Neruda)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Talking about love...


Tarefa incumbida pela querida amiga Cin... Vamos a ela!


Indicar 10 blogs que "exalem" amor!!!


Artur da Távola dizia que:


"O amor é um sentimento embaraçado nas raízes fundas do sentimento.
Quem ama nem tem consciência dessas raízes."


É fato que quem ama desconhece o motivo, apenas sente
...


E eu sinto o amor em cada um desses blogs, de uma forma ou de outra, seja através de palavras ou belas imagens...
São eles...













Obrigado pelo reconhecimento amiga e os indicados agora, favor citar mais 10 blogs que falem sobre o amor! Bom trabalho!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007



Dois...

Apenas dois.

Dois seres...

Dois objetos patéticos.

Cursos paralelos

Frente a frente...

...Sempre... .

..A se olharem...

Pensar talvez:

“Paralelos que se encontram no infinito...”

No entanto sós por enquanto.

Eternamente dois apenas.



Pablo Neruda