segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Carnavalizar




Sábado, 26 de janeiro de 2008, 22h...
É o início de uma grande festa!
A quadra ainda está vazia, mas meu peito cheio de alegria...
Pose pra foto! Temos que registrar esse momento.
Aos poucos, timidamente o público entra e aguarda ansiosamente.
Depois de 2 horas o espetáculo começa. O coração agora bate juntinho ao som da "Bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira".
Volto a pisar na quadra dessa escola que conquistou meu coração há dois anos.
Lá todos somos iguais, unidos por uma só vibração. E como diria os Tribalistas:

“Na Portela tem, Mocidade, Imperatriz
No Império tem, uma Vila tão feliz
Beija Flor, meu bem, a porta-bandeira
Na Mangueira tem morena da Tradição”
Impressionante como essa festa contagia a todos...
Em meia hora já não há mais espaço pra ninguém e expremidos todos estão juntos: a loira, a mulata, o branco, o negro, o rico, o pobre, o gringo...
E por falar em gringo, ele se impressiona com o rebolado da minha amiga morena. A companheira dele tenta acompanhar o ritmo, e meio desengonçada, ensaia alguns passos.
Impossível ficar inerte a tanta alegria a nossa volta!
E nessas horas as máscaras caem e por vezes são postas... A libido se aflora e os pudores desaparecem!
Infelizmente a alegria tem hora pra acabar e a realidade bate a nossa porta lembrando que essa festa dura pouco, então enquanto as cinzas não caem...

“Vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar” (Carnavália – Tribalistas)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008




De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar...


Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.


CERTEZA, Fernando Sabino

terça-feira, 15 de janeiro de 2008




Velho jeans


Guarde esse jeans
De nada adiantou um remendo
Se errei tentando consertar
Errou você dizendo não ter intento


Guarde esse jeans
Desejo um novo modelo
Ficaram muitos retalhos
E sobras não me são anelo

Guarde esse jeans
Em alguém será melhor vestido
Outros números posso experimentar
Não és o único a querer um escolhido

Guarde esse jeans
Ele já não me basta mais
Surrado, cansado e batido
Um novo pra mim será demais
.
.
(* de minha autoria)