quinta-feira, 31 de maio de 2007





"As rosas é que são belas,

os espinhos é que picam.

Mas são as rosas que caem,

são os espinhos que ficam."

..........
........
(Umberto Eco)



Dois e Dois são Quatro



Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
.......
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
.......
como é azul o oceano
e a lagoa, serena
.......
como um tempo de alegria
por trás do terror me acena
.......
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
.......
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
.......
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.



Ferreira Gullar

terça-feira, 29 de maio de 2007




"Não desças os degraus dos sonhos

Para não despertar os monstros.

Não subas aos sótãos - onde

Os deuses, por trás de suas máscaras,

Ocultam o próprio enigma.

Não desças, não subas, fica.

O mistério está é na tua vida!

E é um sonho louco esse nosso mundo..."


Os Degraus, Mario Quintana

segunda-feira, 28 de maio de 2007



Dois...

Apenas dois.

Dois seres...

Dois objetos patéticos.

Cursos paralelos

Frente a frente...

...Sempre... .

..A se olharem...

Pensar talvez:

“Paralelos que se encontram no infinito...”

No entanto sós por enquanto.

Eternamente dois apenas.



Pablo Neruda

domingo, 27 de maio de 2007

(Hoje acordei "feliz"! Estado de espírito???)

"A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que vive, mas o que melhor vive, porque a vida não mede o tempo, mas o emprego que dele fazemos."





Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.




Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.




Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.




"A arte de ser feliz", Cecília Meireles

sexta-feira, 25 de maio de 2007

"...quem já passou por essa vida e não viveu pode ser mais, mas sabe menos do que eu... porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu... quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não..." (Vinicius de Moraes)
............


"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."


Mahatma Gandhi

quinta-feira, 24 de maio de 2007



Perfil

Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são mortais.
Todos tão naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.

Miguel Torga, Poesia Completa

quarta-feira, 23 de maio de 2007





Mas há a vida!




Mas há a vida

que é para ser

intensamente vivida,

há o amor.

Que tem que ser vivido

até a última gota.

Sem nenhum medo.

Não mata.

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Clarice Lispector

terça-feira, 22 de maio de 2007



(Já havia algum tempo em que queria postar este texto... O recebi certa vez de uma amiga e muito me foi útil num determinado momento...

Jac! O post de hoje é pra você querida... Sabes o motivo!)

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Desafios difíceis podem entrar em sua vida quando você menos espera e, muitas vezes, quando você menos tem condições de enfrentá-los. Mas lá estão eles, forçando a porta para entrar em seu mundo. Se você ignorar ou negar sua existência, esses desafios simplesmente ficam maiores e mais problemáticos. Quanto mais você se preocupa e fica deprimido, mais esses problemas vão atrapalhá-lo.

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Uma vida cheia de desafios é geralmente estressante e desconfortável, mas é muito melhor do que a outra opção, que é uma vida cheia de nada. Seus próprios desafios pessoais podem parecer extremamente injustos, - e provavelmente sejam mesmo. Mas isso não os torna menos reais, nem faz com que você fique livre da obrigação de confrontá-los e vencê-los.

...................

Aceite seus desafios quando eles aparecerem, e você já terá meio caminho andado para superá-los. Embora problemas tragam desconforto e dor, também trazem crescimento e poder. Muitas vezes, o que é melhor para nós não é exatamente o caminho que escolheríamos por vontade própria. A vida é difícil, e nela encontramos alegrias inimagináveis.

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Aceite tudo, e dê a esses momentos o valor que a vida merece.
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Texto: "Dificuldades" de Ralph Marston

segunda-feira, 21 de maio de 2007



A Velhice


Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...


O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.


Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,


Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


Olavo Bilac

domingo, 20 de maio de 2007


(Mais Vinicius...)


De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.


A oeste a morte
contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.


Outros
Que contem passo por passo:
Eu morro ontem


Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando!


Poética I - Vinicius de Moraes

sábado, 19 de maio de 2007

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado

algumas vezes mas não esqueço

de que a minha vida é a maior empresa do mundo,

e posso evitar que ela vá à falência.

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Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

apesar de todos os desafios,

incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas

e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,

mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.


É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.


Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…


Fernando Pessoa



sexta-feira, 18 de maio de 2007




(Você tem chupado suas jabuticabas com calma... até o final... sem pressa de devorá-las e sem pressa que elas acabem???)


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projectos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milénio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos factos a limpo”. Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais subtis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Já não tenho tempo para ficar explicando aos medianos se estou ou não perdendo a fé porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.


Texto: "O tempo que foge!" de Ricardo Gondim

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Soneto a Quatro Mãos

Paulo Mendes Campos e Vinicius de Moraes



Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.


Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.


Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.


Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.




quarta-feira, 16 de maio de 2007




"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."


Da obra "Um sopro de vida" de Clarice Lispector

terça-feira, 15 de maio de 2007


Eu



eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora


quem está por fora
não segura
um olhar que demora


de dentro de meu centro
este poema me olha



Paulo Leminski



segunda-feira, 14 de maio de 2007

Pensamento do dia!



"O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente."

Mario Quintana


Boa segunda-feira a todos!!!

sábado, 12 de maio de 2007



(Sem saber o que postar hoje, tamanha é a grandeza dessa palavra: "Mãe", resolvi deixar esta fábula... Uma singela homenagem a "ela" que nos deu a vida!)

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Era uma vez um garoto, que quando ia para a escola, ficava o tempo todo com a mão fechada. Quando ia escrever, quando corria, quando tomava lanche... não abria a mão para nada.

Seus colegas comentavam entre si, a professora estava intrigada com aquilo. Não se conseguia saber o porquê deste menino estar sempre com a mão fechada.

Um dia a professora chamou o menino em particular. Ele era um bom menino, esportista, fazia bem suas tarefas, tinha boas notas, respeitava muito seus colegas.

A professora o elogiou muito pelas suas virtudes, e depois antes de encerrar a conversa, perguntou:
- Porque você sempre anda com a mão fechada, faz tudo com a mão fechada?

O garoto abaixou um pouco a cabeça como que meio envergonhado e tranqüilamente foi falando.
- Toda vez que saio de casa para vir para a escola, a minha mãe, me dá um beijo na palma de minha mão, depois fecha a minha mão e diz que é para eu guardar o beijo dela até voltar para casa. Assim, eu cuido para não perder o beijo e o carinho da minha mãe.

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(Fábula: "O Garoto da Mão Fechada" - Autor desconhecido)

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Você já guardou o beijo e o carinho de sua mãe hoje?

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Feliz Dia das Mães!!!

Viver dói?




Viver não dói. O que dói

é a vida que se não vive.

Tanto mais bela sonhada,

quanto mais triste perdida.


Viver não dói. O que dói

é o tempo, essa força onírica

em que se criam os mitos

que o próprio tempo devora.


Viver não dói. O que dói

é essa estranha lucidez,

misto de fome e de sede

com que tudo devoramos.


Viver não dói. O que dói,

ferindo fundo, ferindo,

é a distância infinita

entre a vida que se pensa

e o pensamento vivido.


Que tudo o mais é perdido.


("Canção" do autor mineiro Emilio Moura que inspirou o texto "As Possibilidades Perdidas" de Martha Medeiros)

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Já é sexta-feira...



Enfim... já é sexta-feira!
Lembre-se sempre...

"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego: de tanto rir… de surpresa… de êxtase… de felicidade…"
(autor desconhecido)


Então, que percamos o fôlego neste fim de semana! Desejo "bons momentos" a todos!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

(Hoje recebi essa mensagem da minha amiga Cris, gostaria de compartilhá-la com vocês...
Crise existencial? Não! Apenas uma constatação!!!)



Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente e odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do "fast-food" e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa mensagem a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar "delete".

Lembre-se de passar mais tempo com quem se ama, pois eles não estarão por aqui para sempre.

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado!



(Texto: "Paradoxo do Nosso Tempo" - Autor desconhecido)



quarta-feira, 9 de maio de 2007

(Engraçado... Hoje acordei com uma estranha sensação... Me perdi? Socorro!!!)

"Socorro, não estou sentindo
Nada
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo
Que penada,
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor,
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um
Coração,
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena,
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos, deve ter
Algum que sirva
Socorro, alguma rua que me
Dê sentido,
Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada,
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta,

Tem tantos sentimentos, deve ter
Algum que sirva!"

(Socorro - Arnaldo Antunes)



terça-feira, 8 de maio de 2007

Pensamento do dia!

"Não permita que alguém saia de sua presença sem estar melhor e mais feliz." (Madre Teresa de Calcutá)


Boa terça-feira a todos!!!


segunda-feira, 7 de maio de 2007




“Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão.
Perder com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.
E a vida é muito para ser insignificante!”
(Charlie Chaplin)
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(Que as palavras do genial Charlie Chaplin
sirvam de inspiração para todos nós!
Boa segunda-feira!!!)

domingo, 6 de maio de 2007

Permita-se!!!


(Ontem, ao sair com a minha amiga Dri, dentre os vários assuntos que rolou na nossa animada conversa, o que mais me instigou foi o “se permitir a arriscar novos horizontes”...
Partindo desse pressuposto, hoje comecei a divagar e pensar no “permitir-se” sob outros aspectos...)


...do texto "Permissão Para Amar", de Regina Sudaia, modificado e adaptado por mim...


Permita-se sonhar, por mais utópico que seu sonho pareça ser.
Permita-se ousar, arrisque o “novo”, abandone o “já percorrido e conhecido” e explore caminhos “diferentes”.
Permita-se cantar a mais linda canção, só pra seus ouvidos.
Permita-se duvidar da realidade aparente, pois só Deus vê além das aparências.
Permita-se respirar profundamente, para sobreviver a uma grande decepção.
Permita-se amar intensamente, seja quem for, afinal todos são iguais.
Permita-se aproximar da pessoa amada, e se tiver coragem, diga simplesmente: - te amo.

“Você se permite???”

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Boa semana a todos!!!

sábado, 5 de maio de 2007

you've got a friend (James Taylor)


(aos meus amigos... pessoas tão queridas e especias em minha vida, dedico o post de hoje... à vocês o meu "muito obrigado" sempre...)

Clique no player abaixo!



WHEN YOU'RE DOWN AND TROUBLED
Quando você estiver chateada e com problemas
AND YOU NEED A HELPING HAND
E precisar de uma mão que ajude
AND NOTHING, WHOA, NOTHING IS GOING RIGHT
E nada, oh nada der certo
CLOSE YOUR EYES AND THINK OF ME
Apenas feche os olhos e pense em mim
AND SOON I WILL BE THERE
E logo estarei aí
TO BRIGHTEN UP EVEN YOUR DARKEST NIGHTS
Para tornar tudo claro, mesmo sua noite mais escura


YOU JUST CALL OUT MY NAME
Diga apenas, o meu nome
AND YOU KNOW WHEREVER I AM
E verá de onde quer que eu esteja
I'LL COME RUNNING, TO SEE YOU AGAIN
Virei correndo, vê-la de novo
IT'S GOOD TO KNOW
(Querida é bom saber)
WINTER, SPRING, SUMMER OF FALL
Inverno, primavera, verão ou outono
ALL YOU GOT TO DO IS CALL (AND I'LL BE THERE, YES I WILL)
Tudo que você tem de fazer, é chamar (e eu estarei aí, sim)
YOU'VE GOT A FRIEND
Você tem um amigo


IF THE SKIES ABOVE YOU
Se o céu, sobre você
SHOULD TURN DARK AND FULL OF CLOUDS
Tornar-se cheio de nuvens escuras
AND THAT OLD NORTH WIND
E o velho vento norte
SHOULD BEGIN TO BLOW
Soprar outra vez
KEEP YOUR HEAD TOGETHER AND CALL MY NAME OUT LOUD
Junte suas mãos e diga meu nome bem alto
SOON I'LL BE KNOCKING UPON YOUR DOOR
E logo estarei batendo à sua porta
WELL AIN'T IT GOOD TO KNOW THAT YOU'VE GOT A FRIEND
Afinal é bom saber que você tem um amigo
PEOPLE CAN BE SO COLD
Quando todos são tão frios
THEY'LL HURT YOU, AND DESERT YOU
Eles feriram você
THEY'LL TAKE YOUR SOUL IF YOU LET THEM
Mas eleve-se acima deles
OH, TEAH, BUT DON'T YOU LET THEM
Mesmo assim ...


sexta-feira, 4 de maio de 2007

o clímax (parte 6 - poema "a batalha" do maranhense Ricardo Leão)




O poema atravessa,
como lâmina afiada,
o silêncio pesado
que cresce da fala;
o trabalho da manhã,
ainda não concluído,
desta muda linguagem
de sons e fonemas;
roídos mecanismos,
engrenagens da língua,
do sigilo quase mudo
em nossas bocas cheias
de pútridas palavras;
palavra, enigma do som,
ainda não pronunciado,
cuja sintaxe ainda jorra,
como jorra a clara água
da seca fonte; fonte
que não sacia a sede,
e jamais extingue a fome
de outras palavras; vazias,
em seu magro conteúdo,
contudo quase tão belas
como um homem morto
em pé; palavras ainda livres
de qualquer sentido, mas
que jorram frescas da fonte
,

da fonte que nunca seca;
as mesmas palavras que,
belas, nascem de qualquer
fonte; fonte de coisas puras,
ainda sem nome; fonte
igual a qualquer fonte;
fonte de sons, de coisas
ácidas, alucinadas; som
que nos impele à fala;

a mesma fala, soturna,
que nasce de qualquer
língua; do fácil silêncio
de qualquer palavra;
deste combate diário
entre o sono e a alegria,
enquanto o poema cava
o árido chão da poesia;
palavra, difícil palavra,
no verso ainda mínima
que nasce, rosa tranqüila,
em meio a um deserto
de úmidas hortaliças.
O poema jamais cessa
seu trabalho inútil,
ainda não concluído,
pela extinta manhã.
Enquanto surge o dia
o poema atravessa,
lâmina em brasa,
a pele do silêncio:
o núcleo do nada.

(
http://www.germinaliteratura.com.br/ricardo_leao.htm)

Incentivado pela minha querida amida Dri e inspirado pelo seu maravilhoso "deserto" (http://desertodeilusoes.blogspot.com), resolvi criar este blog com o intuito de ter um espaço para expressar os meus sentimentos... Aqui deixarei um pouco de mim! Meus momentos... minhas idéias... a fonte que nunca seca!!!
Um excelente final de semana a todos!!!