sábado, 23 de fevereiro de 2008



Calma

O coração aperta o peito
Aflito parece gritar
Calma é o que eu rogo
Se aquiete e vou serenar

Onde está o manual da mente?
Quem detém de suas instruções?
Procuro nas minhas gavetas bagunçadas
Acho que perdi o controle das emoções!
[ ... ]
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
[ ... ]
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
[ ... ]
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma?
Eu sei, a vida não pára...


(* de minha autoria com citação de “Paciência” composta por Lenine e Dudu Falcão)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Adendo - Apócrifo

Amigos! Não satisfeito com o resultado da minha pesquisa, saí em busca do "desconhecido autor" da crônica citada... E o que descobri? Trata-se de mais um texto da ótima Martha Medeiros. O mesmo foi totalmente modificado e creditado a Arnaldo Jabor e até mesmo a Roberto Freire. A "crônica" na verdade chama-se "As razões que o amor desconhece" escrita por Martha em 1998 e publicada no site Almas Gêmeas onde possuía (ela despediu-se do site em 2004) uma coluna semanal. Como citei certa vez aqui, ela mesma fez menção as confusões em "Clonagem de Textos".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Apócrifo - Arnaldo Jabor

(Depois de Gabriel García Márquez, Mario Quintana e Pedro Bial, a algum tempo não posto textos apócrifos por aqui... E uma crônica que recebi de uma querida amiga esta semana atribuída a Arnaldo Jabor, fez-me voltar ao tema! Embora já tenha alertado sobre os absurdos atribuídos a autores diversos, nunca é demais fazê-lo. Então, vamos a mais um deles...)

Crônica do amor louco

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes
teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à
razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por
conjunção estrelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelocheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento
que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela
petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores
que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você
gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela
detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela
tem um jeito de sorrir que o deixa mobilizado, o beijo dela é mais
viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicarcom você.
Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga,
ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca
uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não
tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não
consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete
feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve
poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim! Você é
inteligente, lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos
Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também
tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num
comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.
É
Independente, tem emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar,
de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é
imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas
uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois
apaixonados. Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de
indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas,
bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua
vida é!

(Se é um bom texto ou não, eu não discutiria. Mas que Arnaldo Jabor não escreveria isto, sem questionamentos! "Pálido de espanto" certa vez Jabor desabafou: "Sei que outros escritos fantasmas virão, mas saibam que só existo mesmo nas páginas dos jornais onde tenho coluna pelo país afora e que a internet é um deserto virtual, sem chão, onde as individualidades se dissolvem e eu viro um nome sem corpo..."
Olha! A minha busca foi incessante, porém sem sucesso e infelizmente desta vez ficarei devendo o verdadeiro autor desta "crônica". Quem sabe algum de vocês nos salve revelando o seu escritor??? Grande abraço!)
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sábado, 9 de fevereiro de 2008

Reconhecimento - Parte II

Certa vez, aqui abordei um assunto do qual buscamos consciente ou inconscientemente. E mais uma vez eu volto a falar sobre ele... O reconhecimento!
E atire a primeira pedra quem nunca esperou por isso. Ser reconhecido, ser valorizado!!!

Reconhecer um erro e saber pedir perdão...
Reconhecer uma amizade e retribuí-la...
Reconhecer um amor e correspondê-lo...
Reconhecer uma simples atitude e valorizá-la...

Saibamos reconhecer e valorizar os atos de cada indivíduo que nos rodeia. Quem sabe assim, podemos ser um pouquinho melhores e ascender enquanto almas!?

E a blogosfera me surpreende a cada momento com atos de carinho e gratidão! Em diferentes circunstâncias as queridas Cris, Momentos e o recente amigo “arretado” (risos) Paulo Roberto presentearam este humilde espaço com os seguintes prêmios...















Só me resta transcrever o que Antístenes, o filósofo grego, certa vez disse:

O agradecimento é a memória do coração.

O meu muito obrigado sempre!

Para não cometer nenhuma injustiça deixando alguém que mereça de fora, repasso estes "mimos" a todos que me visitam. Aqueles que estão comigo desde sempre e tantos outros amigos que recentemente se juntaram a essa minha jornada. Todos dignos de qualquer prêmio. Tenham um excelente final de semana e aquele abraço!